Decisão do ministro Noronha sobre Queiroz e Márcia deve ser revista em agosto pelo ministro Fisher ou pela Quinta Turma, dizem colegas da Corte
A controversa decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, de conceder prisão domiciliar a uma foragida – no caso, Márcia Aguiar, esposa de Fabrício Queiroz, ex-faz-tudo da família Bolsonaro – foi amplamente criticada pelos colegas de toga da corte. De “chocante” a “excrescência”, essas foram algumas das definições de outros ministros do STJ.
A decisão dá um prêmio para uma pessoa que é considerada foragida da Justiça há 23 dias. E a justificativa dada por Noronha, de que “a presença [dela] ao lado dele seja recomendável para lhe dispensar as atenções necessárias”, é retrógrada e machista. Fabrício Queiroz luta contra um câncer, mas mais pessoas poderiam ajudá-lo, incluindo outros familiares.