A última rodada da pesquisa PoderData trouxe o motivo de o ex-presidente Lula manter, há tantos meses, forte resiliência nas pesquisas de intenção de voto.
Segundo o instituto, o petista é – para 18% dos eleitores que votaram em Jair Bolsonaro no 2º turno – a escolha preferencial para as próximas eleições.
É consenso na ciência política que existe conforme a coluna de Matheus Leitão, na Veja, uma parcela dos eleitores que pende para um lado numa eleição, e para o oposto no pleito seguinte.
Isso é bom até para as democracias ao redor do mundo – a alternância de poder é que faz um país maduro politicamente e próspero.
“Somos todos americanos primeiro, patriotas primeiro. Todos queremos o que é melhor para o país”, disse Barack Obama logo após a vitória de Trump em 2016 para acalmar um país polarizado.
O Brasil também continua polarizado, mas, como mostra esse recorte de pesquisa em reportagem do site Poder360, 61% afirmam ter a intenção de repetir o voto dado a Bolsonaro.
Não se sabe o que acontecerá neste ano no Brasil – a campanha ainda nem começou oficialmente -, mas Lula tem mantido uma média de 44% das intenções de voto há um ano.
Isso confere ao petista, até agora, uma parte importante dos votos de centro.
Já seu principal concorrente, o presidente Bolsonaro, tem crescido apenas entre os eleitores de direita que haviam debandado para Sérgio Moro. Pelo menos é isso o que mostram as pesquisas até agora.