Dez dos 13 candidatos à Presidência da República informaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que arrecadaram R$ 109,2 milhões nos primeiros dias da campanha eleitoral. Deste total declarado, 80,5% foram repassados aos candidatos pelos partidos aos quais são filiados.
O levantamento, realizado a partir das informações disponíveis no sistema do TSE, tem como base as informações fornecidas pelos candidatos até as 19h desta última sexta-feira (31).
A campanha eleitoral começou oficialmente em 16 de agosto e, neste sábado (1º), chegou ao 17º dia. O primeiro turno está marcado para 7 de outubro e o segundo, para o dia 28. Pelas regras deste ano, cada candidato a presidente pode gastar até R$ 70 milhões no primeiro turno e até R$ 35 milhões, no segundo.
Conforme o TSE, partidos e candidatos devem enviar relatórios financeiros das campanhas à Justiça Eleitoral, via internet, até 72 horas após o recebimento de cada doação. Até agora, os partidos responderam por maior parte dos recursos arrecadados pelas campanhas dos presidenciáveis: R$ 87,9 milhões (80,5%).
A situação difere da verificada há quatro anos, quando os 11 candidatos à Presidência da República informaram ao TSE a arrecadação total de R$ 645 milhões, com a maior parte obtida por meio de doações de empresas. É que a eleição de 2018 é a primeira disputa presidencial realizada após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de proibir as doações eleitorais feitas por empresas. Com a decisão do STF, a principal fonte de financiamento de partidos e candidatos em 2018 passou a ser o fundo eleitoral, no valor R$ 1,7 bilhão, criado com dinheiro do Orçamento da União para ajudar a bancar as campanhas. Neste ano, MDB, PT e PSDB receberão juntos R$ 632 milhões (37% do fundo), enquanto os outros 32 partidos, o restante.