Após vencer uma série de contestações internas e ser reeleito presidente do Partido Verde, José Luiz Penna assumirá também o comando da federação formada por seu partido com o PT e o PCdoB, chamada de “Brasil da Esperança” e criada em 2022. A aliança entre as três siglas vale até 2026, mas pode ser colocada em xeque no ano que vem por insatisfações do próprio PV.
A posse de Penna na presidência da federação ocorrerá nesta quarta-feira, 5, em Brasília O comando do grupo é rotativo. No primeiro ano, foi exercido pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann. No segundo, por Luciana Santos, do PCdoB. Agora, chegou a vez do dirigente do PV.
Penna diz que um dos principais objetivos da federação é “dar sustentação” ao governo Lula. Ele foi secretário da Cultura de Geraldo Alckmin, quando o atual vice-presidente da República era governador de São Paulo, e atual como deputado federal por dois mandatos.
O presidente do PV foi reeleito para comandar o partido no último dia 11. Ele dirige o PV desde 1999 e vinha sendo criticado internamente por falta de transparência nas decisões. Integrantes da chapa de oposição, liderada pelo ex-ministro do Meio Ambiente Edson Duarte, disseram que a convenção foi marcada por atropelos e irregularidades para manter o atual presidente no cargo. Penna negou as acusações.
O PV vem perdendo força política nos últimos anos e precisou fazer uma federação com o PT e o PCdoB para sobreviver. Os insatisfeitos com Penna, que é ex-deputado federal, fazem uma avaliação de que a sigla deixou passar oportunidades de crescer, já que a pauta ambiental, justamente a maior bandeira do partido, está em alta nas discussões do País.
Como mostrou a Coluna do Estadão, o PT iniciará articulações para aumentar ou pelo menos preservar o tamanho atual da federação. Além de tentar convencer o PV a continuar na aliança, o partido de Lula quer atrair o PDT.