O nome do procurador-geral da República Augusto Aras começa a se consolidar como um plano B de senadores para ocupar a vaga de Marco Aurélio Mello no Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado se aposentou em julho.
O renascimento da candidatura do procurador-geral é consequência do enfraquecimento do nome de André Mendonça, indicado por Jair Bolsonaro para o cargo. Ele precisa ser aprovado pelos senadores, tarefa que ficou mais difícil depois que o presidente decidiu radicalizar com o STF e pedir o impeachment do ministro Alexandre de Moraes.
Para que o nome de Aras vingue, no entanto, são necessários vários movimentos: Bolsonaro teria que retirar o nome de Mendonça e mandar o de Aras no lugar. E os bolsonaristas têm repetido que o presidente não fará isso já que prometeu a religiosos indicar um “terrivelmente evangélico” como Mendonça para o cargo (Aras é católico).
Uma outra questão é o temor de que, com a saída de Aras da PGR, procuradores lavajatistas voltem a ganhar força no Ministério Público Federal.
A proximidade da subprocuradora Lindôra Araújo com a família de Jair Bolsonaro também assusta certos setores políticos. Ela poderia vir a substituir Aras.