No mesmo dia em que deixou a prisão, o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) votou nesta última terça-feira (8) a favor da proposta de emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios em segundo turno.
Segundo o G1, Silveira deixou a cadeia em Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, por volta das 11h30 desta terça-feira (9), e a discussão do segundo turno do texto-base da PEC começou por volta das 20h.
A proposta é a principal aposta do governo para viabilizar o programa social Auxílio Brasil — anunciado pelo governo para suceder o Bolsa Família.
A PEC adia o pagamento de precatórios (dívidas do governo já reconhecidas pela Justiça) e altera o cálculo do teto de gastos. O texto-base da proposta foi aprovado nesta terça-feira (9) na Câmara dos Deputados.
Os trabalhos presenciais na Câmara dos Deputados foram retomados no último dia 25. Dessa forma, os deputados precisavam estar em Brasília para votar.
Alguns parlamentares ouvidos pela TV Globo não viram Silveira no plenário. No entanto, o deputado pode ter votado do próprio gabinete, uma vez que a Mesa Diretora abre brecha para que parlamentares que estejam na Casa votem pelo celular. Segundo decidiu a Mesa, alguns parlamentares — com comorbidade, grávidas e os que estiverem em viagens oficiais — podem votar à distância.
De acordo com o sistema da Câmara dos Deputados, além do texto-base da matéria, Silveira participou de outras votações, sempre a favor do governo. O deputado votou pela rejeição de todos os destaques que pretendiam mudar os textos originais da PEC dos Precatórios.
Também votou, por exemplo, a favor de um requerimento para a quebra de interstício entre votações da PEC — ou seja, para permitir que o segundo turno fosse votado ainda na noite desta terça-feira (9), sem a necessidade de esperar cinco sessões plenárias.
Silveira não registrou votos nas primeiras análises do dia, tanto em um projeto de lei que prevê pagamento de professores com dinheiro de precatórios quanto nos quatro primeiros destaques do primeiro turno.