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quinta-feira 16 de fevereiro de 2023 às 09:42h

‘Nikki, Nikki!’, ex-trumpistas escolhem uma nova líder para 2024

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Votaram duas vezes em Donald Trump, mas exigem uma mudança para as próximas eleições presidenciais nos Estados Unidos: os partidários de Nikki Haley, a primeira republicana a desafiar o ex-presidente, estavam fervorosos em seu primeiro comício de campanha nesta última quarta-feira (15).

Assim que Paula Blank soube do “anúncio especial” prometido pela republicana a seus seguidores em Charleston, na Carolina do Sul (sudeste dos Estados Unidos), esta mulher de 50 anos correu para comprar uma passagem de avião para marcar sua presença.

Nikki Haley, a primeira republicana a desafiar o ex-presidente Donald Trump, lança sua campanha em Charleston, na Carolina do Sul, em 15 de fevereiro de 2023 – Foto: AFP

“Liguei para a minha amiga e perguntei: ‘Vamos?’”, confessou à AFP esta professora, que vive muito perto da cidade de Nova York. “Foi uma decisão extremamente rápida”.

Nas eleições de 2016 e 2020, Paula deu seu voto para Trump (2017-2021), mas revelou que espera “há anos” por uma Casa Branca comandada por Haley. Aos 51 anos, a ex-governadora da Carolina do Sul é a mais jovem das candidatas republicanas e, por enquanto, a única mulher.

“Adoro que ela seja articulada, que entenda, que veja o mundo como ele é”, disse a eleitora republicana.

Muito grosseiro

Nikki Haley se reuniu com seus simpatizantes nesta quarta-feira em um enorme hangar nesta localidade turística cercada de igrejas, sorveterias e restaurantes que servem ostras. Mas este “anúncio especial” já não era novidade desde a terça-feira, com a divulgação de um vídeo em que ela anunciava sua intenção de tentar, pela primeira vez, a indicação do Partido Republicano para concorrer à Presidência.

Assim, quando a candidata pediu aos americanos que elegessem “uma mulher corajosa para a Casa Branca”, seus apoiadores responderam aos gritos: “Nikki! Nikki!”

E pouco importa se Haley foi uma das vozes da política externa do governo Trump (2017-2020) há dois anos. Ou inclusive que ela tivesse se comprometido, no passado, a não participar das prévias se o ex-presidente estivesse na disputa.

Muitos dos presentes no comício desta quarta votaram em Trump e estão convencidos de que ele “fez um bom trabalho”. Como Robin Christmas, uma contadora de 63 anos que, no entanto, acha que o ex-presidente é muito grosseiro para apoiá-lo uma terceira vez.

Além disso, Robin, que é oriunda da Carolina do Sul, afirmou que foi Haley, e não Trump, quem a inspirou a se envolver pela primeira vez em uma campanha presidencial, como voluntária na equipe da ex-governadora de seu estado.

“Ela é simplesmente incrível”, disse a sexagenária, exibindo com orgulho uma camisa azul com o nome da mulher que ela espera ver como a primeira presidente da história dos Estados Unidos.

 ‘Sonho americano’

As pesquisas, no entanto, indicam que Haley ainda tem muito a fazer. Segundo o levantamento da RealClearPolitics, a ex-governadora tem, em média, menos de 4% das intenções de voto, ficando bem atrás do próprio Trump e de outros rivais potenciais, como o governador da Flórida, Ron DeSantis.

Os apoiadores de Haley, no entanto, não se incomodam com essa diferença de popularidade.

“É hora de seguir em frente”, afirma Adam Caldwell, um trabalhador do estado vizinho da Carolina do Norte, que ficou horrorizado com os eventos de 6 de janeiro de 2021, quando uma multidão pró-Trump invadiu o Capitólio dos Estados Unidos em Washington para impedir a certificação do democrata Joe Biden como presidente.

Vestindo uma camiseta com a imagem do ex-presidente republicano Ronald Reagan, Caldwell dirigiu quase 400 quilômetros para comemorar seu aniversário de 30 anos no evento. Em entrevista à AFP, ele disse que Haley, filha de imigrantes indianos, personificava o “sonho americano”.

“Os pais dela eram imigrantes. Eles vieram para cá e começaram a vida aqui e agora veem a filha concorrendo ao cargo mais alto do país […] Isso só existe nos Estados Unidos”, sentenciou.

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