Em meio ao tensionamento feito pelo presidente da Câmara de Salvador, Geraldo Jr. (SD), nas relações com o Executivo, o prefeito ACM Neto (DEM) negou nesta quinta-feira (4) possibilidade de rompimento com o vereador.
“Da minha parte, de jeito nenhum”, afirmou, de forma categórica, ao ser questionado sobre o assunto durante evento de entrega de veículos destinados à prestação de serviços administrativos e operacionais da prefeitura.
O prefeito preferiu exaltar sua relação com Geraldo, que, apesar de ainda ser da base de Neto, vem apresentando postura independente na condução da Câmara, com críticas recorrentes ao Executivo.
“O presidente Geraldo Júnior foi meu secretário. Ajudei Geraldo Júnior a ser presidente da Câmara. Até o hoje fui parceiro de todas as iniciativas do Poder Legislativo. Então, aí essa pergunta você não tem que fazer a ele, e não a mim”, arrematou.
A temperatura nas relações entre Câmara e prefeitura subiu após o secretário municipal de Mobilidade, Fábio Mota, cobrar da Casa a votação do projeto de lei que isenta empresas de ônibus do pagamento de Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). O titular da Semob disse, em entrevistas à imprensa, que, cada a proposta não seja aprovada, a passagem do transporte público subirá de R$ 4 para R$ 4,12.
A declaração de Mota irritou Geraldo Jr., que viu na fala uma tentativa de colocar a população contra a Câmara. Na sessão de quarta (3), o presidente rebateu o secretário e frisou que “quem pauta os projetos desta Casa é o presidente”.
No Dois de Julho, outro tensão nas relações. Geraldo pediu, em entrevista à imprensa, que Neto exonerasse o secretário municipal de Trabalho, Esporte e Lazer, Alberto Pimentel. Ao falar sobre o assunto, o prefeito disse que cabe a ele decidir se exonera, ou não, alguém.