O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, realizou um pronunciamento na tarde deste domingo, 30, sobre o suposto esquema de uso da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Federal (PF) para favorecer Bolsonaro (PL).
Em um pronunciamento feito para jornalistas, o ministro afirmou que ninguém foi impedido de votar pelas operações. “Não houve nenhum prejuízo no exercício do direito de voto”, disse Morais.
“Os ônibus prosseguiram até o final e os eleitores votaram. Foi determinado que todas as operações cessassem para que eleitores não tenham atraso”, disse o presidente do TSE. Morais ainda afirmou que que o único prejuízo que os eleitores tiveram foi um atraso para votar.
Questionado sobre a fonte da informação de que ninguém deixou de votar, Moraes afirmou que se baseia em informações dos Tribunais Regionais Eleitorais, da Polícia Rodoviária Federal e dos próprios eleitores.
“É importante salientar que não houve retorno à origem dos eleitores, eles prosseguiram até a seção eleitoral e votaram.”
Para Morais, a liberação de transporte público gratuito no dia da eleição não favorece uma ou outra chapa. “Quando ele vai pegar o metrô não se pergunta se ele vota em A ou B”, exemplificou.
O presidente do TSE também afirmou que a eleição segue até às 17h, sem ampliação do horário. “Não houve nenhum prejuízo no exercício do direito de voto e logicamente não haverá nenhum adiamento do término do horário da votação. A votação termina às 17h como planejado”, disse Moraes.
No sábado, 29, Moraes proibiu a PRF de realizar qualquer operação contra ônibus e veículos do transporte público, sob pena de crime pelo diretor-geral da corporação.
Por volta do meio dia, Morais determinou que o diretor da PRF explique as razões de operações que vêm sendo denunciadas por eleitores nas redes sociais.
No despacho, o presidente do TSE citou uma publicação que acusa a PRF de fazer uma blitz em Cuité (PB) que estaria impedindo os eleitores de votar. Em outro vídeo, o prefeito da cidade, Charles Camarense, disse ter recebido vários relatos de operações similares no Nordeste. Segundo ele, os atos parecem “orquestrados”.