É sabido que na maioria dos setores da economia brasileira a diversidade da população não se reflete na força de trabalho das empresas, sobretudo quando se tratam de cargos de liderança.
Na área da saúde não é diferente, informa a Veja. Mulheres e negros são minoria nas posições de média e alta gerência, segundo censo realizado neste ano pelo Colégio Brasileiro de Executivos da Saúde em parceria com a KPMG Brasil. A primeira edição da pesquisa de abrangência nacional ouviu 1.532 líderes do setor na iniciativa privada e no serviço público.
O levantamento mostrou que, apesar de as mulheres serem no Brasil a principal força de trabalho na área da saúde de uma maneira geral, elas ocupam menos da metade, ou 44%, dos cargos de liderança do setor, contra 56% dos homens. Quanto à cor da pele desses profissionais, apenas 17% se declararam negros ou pardos, enquanto 78% se disseram brancos.
O perfil geral do líder da área da saúde, além de homem branco, é relativamente jovem — 39% têm de 36 a 46 anos de idade e 29%, de 47 a 57 anos —, com salários de 10.000 a 40.000 reais. A maioria, ou 65%, tem pós-graduação ou algum tipo de especialização. Outros 18,3% têm mestrado e 6,6%, doutorado.
Quando o assunto é domínio de idiomas estrangeiros, a maioria dos líderes têm níveis mais básicos e intermediários do que avançados. Sobre o inglês, 25% disseram ter nível básico, 28%, nível intermediário, 17%, fluente, e 24% avançado. Em espanhol, 40% se disseram no nível básico, 20%, intermediário, 7%, fluente e 27%, avançado.
A pesquisa completa será divulgada em meio físico e digital às 18h30 desta quarta. O lançamento poderá ser acompanhado ao vivo no canal do Colégio de Executivos no YouTube.