A partir de setembro no México, quase o mesmo número de homens e mulheres ocupará as duas câmaras do Congresso do México – graças às urnas e às cotas femininas o país vem registrando um avanço histórico: nunca tantas mulheres ocuparam as duas câmaras do Legislativo. Elas são 49% no Senado e 49,2% da Câmara dos Deputados, respectivamente.
Além disso, pela primeira vez uma mulher será a prefeita da capital mexicana: Claudia Sheinbaum, do partido Morena, era a encarregada de meio ambiente do antigo prefeito, Andrés Manuel López Obrador, agora eleito presidente do país.
No Brasil, a “lei das cotas” prevê que “cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo”, o que na prática resulta numa minoria feminina. Ainda assim, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2016 89,3% dos candidatos sem nenhum voto eram mulheres.
Uma maior participação feminina na vida pública promove a revisão dos estereótipos e dos papéis específicos de gênero. “As pessoas não se acostumam apenas a que as mulheres tenham uma carreira, exatamente como os homens, e que se submetam aos desafios correspondentes, mas também que se tracem novos modelos e vias profissionais para as mulheres”, analisam os fatos especialistas.