A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já trabalha nos processos que correm contra ele no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A equipe jurídica tenta empurrar para o segundo semestre os julgamentos que apuram os ataques às urnas eletrônicas feitos durante uma reunião com embaixadores no Palácio do Alvorada.
Com as mudanças que acontecerão ao longo dos próximos meses, a nova composição da Corte pode beneficiar o ex-mandatário. A primeira troca ocorrerá já no mês que vem: o ministro Ricardo Lewandowski, um dos magistrados mais ligados ao presidente Lula (PT), se aposentará ao completar 75 anos. Ele dará lugar a Nunes Marques, primeiro nome indicado por Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Desde o ano passado, o representante da direita brasileira tem acumulado derrotas no TSE. Como o placar tem sido apertado – geralmente por 4 votos a 3 -, as alterações podem ser determinantes para o ex-presidente.
Proposta pelo PDT em agosto do ano passado, a ação, que tem o maior potencial de tornar Bolsonaro ilegível, é considerada a mais avançada entre as 16 que tramitam na Corte. No processo, ele é acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.