O Ministério Público Federal de Goiás (MPF-GO) solicitou explicações ao Facebook sobre a remoção de páginas ligadas ao Movimento Brasil Livre (MBL). De acordo com a rede social, foram removidas 196 páginas e 87 contas que espalhavam fake news.
Em ofício enviado também à imprensa, o procurador da República Ailton Benedito, que, desde setembro do ano passado investiga a rede social por supostos atos de censura e bloqueio de usuários brasileiros, determinou que o Facebook envie, no prazo de 48 horas, a relação de todas as páginas e perfis removidos e a justificativa fática específica para a exclusão.
No pedido, o procurador destaca que as páginas tinham 500 mil seguidores e divulgavam informações de caráter político. “As normas constitucionais e legais que regulam a internet no Brasil atuam sempre com vistas à liberdade de expressão, ao direito de acesso de todos à informação, ao conhecimento e à participação na vida cultural e na condução dos assuntos públicos; e a impedir a censura, bem como a discriminação dos usuários, por motivo de origem, raça, sexo, cor, idade, orientação política, entre outros, competindo ao MPF atuar nesse sentido”, afirmou Benedito.
Notícias falsas
O Facebook informou no início da manhã desta última quarta-feira (25) que foi desmobilizada “uma rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas no Facebook, e escondia das pessoas a natureza e a origem de seu conteúdo com o propósito de gerar divisão e espalhar desinformação”.
O foco da ação é impedir ou reduzir a propagação de notícias falsas durante o processo eleitoral deste ano.
Uma das páginas que saíram do ar tinha o nome de “Jornalivre”, e possuía 128 mil seguidores. De acordo com postagens identificadas pela reportagem, os integrantes do MBL não escondiam que essa página era ligada ao grupo.
Na publicações, a página “Jornalivre” atacava políticos e personalidades e usava manchetes e textos sensacionalistas e com uma grande quantidade de adjetivos para convencer os internautas das afirmações que fazia.