Os movimentos sociais e as organizações da sociedade civil que participaram da Cúpula Social do Mercosul divulgaram nesta quarta-feira (6) uma declaração final sobre o evento. Uma síntese com base nesse documento será entregue aos chefes de Estado na Cúpula dos Líderes.
Chamado de Declaração dos Movimentos Sociais na Cúpula Social do Mercosul, o documento traz reflexões e afirma que a integração dos países latinos-americanos “é uma possibilidade real, dadas as mudanças tecnológicas e geopolíticas em curso no mundo”.
O documento ressalta a importância da realização da Cúpula Social do Mercosul, com a “retomada deste espaço presencial de debate, encontro, proposição e, sobretudo, incidência sobre as decisões e rumos da integração regional, após sete anos de interrupção e de travessia de um contexto de ameaças e retrocessos democráticos, de pandemia e de agravamento de uma profunda crise civilizatória internacional”, diz o texto.
Em um dos trechos da declaração diz que “a Cúpula Social se apresentou como um momento em que as organizações da sociedade civil expressaram e exigiram uma demanda histórica de deter o Acordo União Europeia-Mercosul, cuja concretização significaria o aprofundamento do modelo capitalista, extrativista, colonialista, patriarcal, racista, fortalecendo as elites mais retrógradas e violentas, ameaçando o ambiente e a sociobiodiversidade e colocando em risco a soberania de povos e territórios da região”.