A possibilidade de o general Hamilton Mourão disputar a eleição ao governo do Rio no ano que vem deixa de cabelo em pé segundo a revista Veja, os principais atores que já estão postos na disputa ao Palácio Guanabara. A avaliação nos bastidores do mundo político é a de que o vice de Jair Bolsonaro se sairia bem no estado que pariu o bolsonarismo e que ainda tem eleitorado fiel ao presidente.
Não se sabe ainda como Mourão criaria um arco de alianças que sustentasse a sua pretensão eleitoral, dado que hoje o general é filiado ao nanico PRTB.
O União Brasil, partido que nascerá da fusão entre o DEM e o PSL, ofereceu a solução. Mourão não concorreria ao governo, mas a uma vaga ao Senado pelo futuro partido que, hoje, integra a base do governador Cláudio Castro (PL). Castro, por sua sua vez, tentará a reeleição com o apoio da família Bolsonaro.
A proposta do UB faz sentido, visto que Mourão e Castro têm base eleitoral parecidíssima. Se os dois disputassem ao mesmo cargo, um poderia canibalizar os votos do outro.
A pessoa encarregada de plantar a semente foi a deputada Clarissa Garotinho, atualmente no PROS mas com malas prontas para o UB. Ela esteve nesta quarta com o vice em uma audiência em Brasília.
“Eu disse para ele que as portas do nosso partido [União Brasil] estão abertas para conversarmos sobre a possibilidade de ele disputar a uma vaga ao Senado. Ele seria um ótimo candidato”, disse.
Mourão disse à filha do ex-governador Anthony Garotinho que tem recebido muitos pedidos para disputar algum cargo eletivo pelo Rio no ano que vem. Ele relatou que assistiu recentemente a um jogo do Flamengo no bairro do Leblon e teria ouvido vários apelos de potenciais eleitores.
No início do ano que vem, Mourão vai a Campos dos Goytacazes, feudo da família Garotinho no norte do estado do Rio, para um dia de palestras e encontros com empresários.