Na abertura da audiência pública no Senado nesta terça-feira (14), o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, defendeu a atuação do Conselho Nacional da Amazônia Legal, do qual é presidente, mas lamentou os obstáculos para a efetividade das ações do órgão.
Mourão comemorou a recriação desse conselho, uma iniciativa que, segundo ele, promoveu a coordenação de políticas públicas. Ele lamentou, porém, a falta de recursos para o enfrentamento dos problemas da Amazônia, como desmatamento, queimadas, garimpo ilegal e irregularidade fundiária. A Operação Verde Brasil 2, iniciada em maio, já teria começado tarde, segundo Mourão. Ele ressalvou, porém, os limites de uma operação de garantia de lei e da ordem (GLO).
– [Os órgãos] operaram sem nenhum recurso extra. Cortaram na carne. Começamos o combate ao desmatamento de forma atrasada, mas não podemos continuar eternamente dependendo das Forças Armadas.
Classificando como “falácia” a renúncia ao desenvolvimento econômico em nome da preservação ambiental, Hamilton Mourão alertou para os baixos índices socioeconômicos da Amazônia. Ele admitiu que as estatísticas sobre desmatamento e queimadas prejudicam a imagem do Brasil no exterior, mas afirmou o compromisso do presidente Jair Bolsonaro com a preservação e o desenvolvimento da Amazônia e a expectativa de um expressivo resultado positivo em 2021 no combate ao desmatamento.