O governo russo está recrutando sírios especialistas em combate urbano para lutar na guerra contra a Ucrânia, segundo fontes oficiais do governo americano, informa o “The Wall Street Journal”.
A ideia do presidente Vladimir Putin é recrutar soldados especialistas em guerrilha urbana na tomada da capital da Ucrânia, Kiev, que resiste à invasão das tropas russas. A Rússia opera no conflito sírio, fornecendo armas e apoio ao presidente Bashar al-Assad, desde 2015.
A Síria, ao lado de Coreia do Norte, Belarus e Eritreia, foram os únicos países que votaram contra a resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) que condenou a ofensiva russa na Ucrânia.
Segundo a publicação, não se sabe exatamente a quantidade de combatentes recrutados, mas alguns já estariam na Rússia em preparação à guerra. O Kremlin faria a avaliação de que seus soldados seriam pouco experientes em conflitos urbanos perto dos veteranos combatentes sírios.
A imprensa síria, por sua vez, informa que a Rússia teria oferecido entre US$ 200 e US$ 300 mensais, por seis meses, para contratar os mercenários.
O ministro de Defesa da Rússia, Serguei Shoigu, encontrou-se com Bashar al-Assad na Síria pouco antes do início à invasão na Ucrânia. O motivo oficial seria a inspeção de uma base aérea russa no país.
Por outro lado, o governo ucraniano informou que quase 20 mil combatentes não-ucranianos ofereceram ajuda para combater o exército russo. A informação foi divulgada neste domingo (6) pelo ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, segundo a CNN americana.
No sábado (6), a Ucrânia lançou um site para recrutar estrangeiros interessados em defender o país e se juntar à Legião Internacional de Defesa.