Militar prestou “inestimáveis serviços à nação e ao país”, afirmou o Ministério da Defesa
Em nota de pesar, o Ministério da Defesa brasileiro anunciou a morte do general Rômulo Bini Pereira, neste último sábado (28). Durante sua carreira, o militar ocupou o cargo de chefe do Estado Maior do ministério.
O pronunciamento assinado pelo ministro Walter Souza Braga Netto afirma que o militar prestou “inestimáveis serviços à nação e ao país, sempre com honradez, coragem moral e integridade”.
– Além de outros relevantes cargos que exerceu durante a sua exemplar trajetória no Exército Brasileiro, o General Bini desempenhou os de Secretário de Logística e Mobilização, e de Chefe do Estado-Maior de Defesa, ambos do Ministério da Defesa. Além disso, deve-se enfatizar a sua dedicação às Forças Armadas, prestando inestimáveis serviços à nação e ao país – diz o comunicado.
A nota finaliza expressando “condolências aos familiares e amigos do General, pela irreparável perda”.
Nota de Falecimento do Exército
Gen Ex R1 Rômulo BINI Pereira
É com imenso pesar que informamos o falecimento do General de
Exército Rômulo Bini Pereira, na manhã deste sábado, 28 de agosto.
O General de Exército R/1 Rômulo Bini Pereira nasceu em 1940, em São
João Del Rei, MG. Foi declarado Aspirante a Oficial da Arma de Infantaria, em 1961,
na AMAN. Como Oficial Superior, comandou o 11º Batalhão de Infantaria de
Montanha e foi adido militar na Itália. Como Oficial General, comandou a 7º
Brigada Infantaria Motorizada, foi chefe do Centro de Comunicação Social do
Exército e comandou a 4ª Região Militar/4ª Divisão de Exército. Foi Secretário de
Logística e Mobilização do Ministério da Defesa e Chefe do Estado-Maior de
Defesa. Em 2018 voltou ao Comando da 4ª Região Militar como Prestador de
Tarefa por Tempo Certo e coordenava o Escritório Regional Belo Horizonte-MG do
Sistema Defesa, Indústria e Academia de Inovação, o SisDIA.
O General Bini era casado com a senhora Ana Carolina de Castro
Pereira e deixa três filhos.
General de Divisão JOSÉ RICARDO VENDRAMIN NUNES
Chefe do Centro de Comunicação Social do Exército
Famoso por enfrentar Lula
Rômulo Bini enfrentou Lula e enfatizou as relações pejorativas do PT e de outros partidos da esquerda com o Foro de São Paulo, advertiu para métodos bolivarianos de tomada do poder e para o conluio da esquerda brasileira com Nicolás Maduro, ditador da Venezuela.
Em 2016, o militar realçou, outrossim, que, “se o clamor popular alcançar relevância, as Forças Armadas poderão ser chamadas a intervir, inclusive em defesa do Estado e das instituições. Elas serão a última trincheira defensiva desta temível e indesejável ‘ida para o brejo”.
Veja a íntegra do artigo publicado pelo general em 2015:
“Vamos à guerra!” (2015)
Nos conflitos da humanidade, a pior e mais sangrenta guerra é a entre irmãos. Ela deixa marcas indeléveis que impactam a população dos países onde ocorre. A Guerra da Secessão, nos Estados Unidos, e a Guerra Civil Espanhola bem demonstram os reflexos desses conflitos até os nossos dias. Em nosso país as lutas fratricidas das décadas de 1960 e 1970 deixaram sequelas que impedem uma efetiva reconciliação e ainda perturbam o atual cenário político.
Em manifestações sindicalistas na cidade do Rio de Janeiro o brado de “vamos à guerra!” foi ouvido. Seu autor foi o ex-presidente Lula – para muitos, um ato surpreendente e irresponsável de quem conduziu os destinos deste país por oito anos. Em alto e bom som o ex-presidente pregou a necessidade de uma posição agressiva para salvar a nossa maior empresa, a Petrobrás, que estaria sendo predatoriamente destruída por segmentos políticos oposicionistas. E acresceu os costumeiros e preferidos chavões das esquerdas brasileiras quanto a um possível golpe institucional em andamento, conduzido pela “zelite”. Para se equiparar ao seu irmão Nicolás Maduro, da Venezuela, só faltou criticar o “Satã do Norte”, os americanos.