O juiz federal Sérgio Moro mandou nesta segunda-feira (30) intimar Cândido Vaccarezza (Avante-SP), após o ex-deputado criar uma lista no WhatsApp para arrecadar valores para sua campanha. Investigado e preso na Operação Lava Jato no ano passado, o ex-parlamentar deixou a prisão, mas não quitou a fiança de R$ 1,5 milhão imposta pelo magistrado.
“Por decisão de 22 de agosto de 2017, foi revogada a prisão temporária de Cândido Elpídio de Souza Vaccarezza e fixadas medidas cautelares alternativas. Fixada fiança que até o momento não foi depositada, por afirmada insuficiência financeira”, anotou Moro.
“Notícia publicada no jornal O Estado de S. Paulo revela que o investigado tem mantido intensa agenda política e que é pré-candidato. A aparente veracidade da notícia pode ser constatada no link http://www.apoiabr.com.br/Candidato/DetalheCandidato/candidovaccarezza.”
Na decisão, Moro afirma que “tais informações podem ser relevantes para decidir a questão pendente”.
“Intimem-se defesa e Ministério Público Federal para ciência e manifestação em três dias”, ordenou o juiz da Lava Jato.
Na sexta-feira, a imprensa noticiou que Vaccarezza havia começado a recolher valores para sua pré-campanha a deputado federal. O ex-líder dos Governos Lula e Dilma na Câmara criou um grupo no WhatsApp, o “Lista Vaquinha 1”.