São muitas as dúvidas sobre a extensão e o alcance político da operação deflagrada nesta quinta-feira para apurar atos antidemocráticos que culminaram no 8 de Janeiro, mas elas devem se dissipar ainda hoje: o relator dos inquéritos, ministro Alexandre de Moraes, vai levantar o sigilo de sua decisão e das petições da Polícia Federal, bem como as manifestações do Ministério Público Federal que ampararam as ações. As informações são de Vera Magalhães, do jornal, O GLOBO.
O blog apurou que a decisão é caudalosa, com mais de 130 páginas. Segundo pessoas que atuam nas investigações, a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, ajudou a embasar os pedidos, mas as provas elencadas pela PF vão além das revelações do militar e têm como origem fases anteriores das investigações.
Uma das maiores indagações é de por que quatro ex-assessores de Bolsonaro, três deles militares de menores patentes, que atuavam na assessoria pessoal do ex-presidente, tiveram prisão preventiva decretada. A decisão deverá fundamentar as prisões, mas o que investigadores antecipam é que atuavam não apenas nas tarefas operacionais de ataques à democracia, mas também atuavam na captação de recursos para manifestações com esse intuito.