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quinta-feira 10 de março de 2022 às 11:33h

Monotrilho Elevado do Subúrbio e aplicativos de transporte na Tribuna Popular

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A Tribuna Popular da sessão ordinária da Câmara Municipal de Salvador desta última quarta-feira (9) recebeu Joceval Tibúrcio, representante da Sociedade Nacional Movimento Trem de Ferro. Também utilizou o espaço o representante da Associação Geral dos Taxistas, Denis Paim, que falou sobre a regulamentação dos aplicativos de transportes. A 4ª Sessão Ordinária, da 2ª Sessão Legislativa, foi conduzida pelo presidente da Casa, vereador Geraldo Júnior (MDB), a partir de Plenário Cosme de Farias.

Joceval Tibúrcio protestou contra o projeto do Monotrilho Elevado, que será um modal de transportes do Governo do Estado da Bahia para o Subúrbio de Salvador. “Após, consultas públicas, o projeto original era o de Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT). Depois, o Governo do Estado da Bahia mudou o projeto para um outro modal de transporte, com tecnologia diferente e muito mais cara. Inclusive, este modelo vai acarretar a poluição ambiental da Orla do Subúrbio de Salvador”, pontuou.
Joceval Tibúrcio fez ressalvas sobre os custos do modal: “O Monotrilho Elevado tem um custo de R$ 113 milhões por quilômetro. Já o VLT, que foi apresentado pelo governador Rui Costa em 2017, é viável economicamente”.

A vereadora Marta Rodrigues (PT) também abordou o tema. “O debate deve ser sério e não pré-eleitoral. A gestão municipal, por exemplo, no quesito mobilidade urbana, tem telhado de vidro. Afinal, com o projeto do Bus Rapid Transit (BRT) a Prefeitura derrubou árvores centenárias e realizou o tamponamento de rios”, disse.
A vereadora também pontuou que “nenhum outro governante teve tanta preocupação e êxito no transporte urbano quanto Rui Costa”. Segundo a vereadora, o Subúrbio, por exemplo, foi bastante beneficiado com as vias estruturantes. Ela também citou as obras do metrô na gestão.

Audiência

Na manhã desta quarta-feira, foi realizada no Centro de Cultura da Câmara uma audiência pública sobre o tema. A atividade foi presidida pelo vereador Cláudio Tinoco (DEM). Segundo ele, foi anunciado um aumento do valor do contrato com um consórcio chinês que executará a obra. O valor, de acordo com o parlamentar, saltou de R$ 2,8 bilhões para R$ 5,2 bilhões.

“Houve um acréscimo da concessão em 15 anos. E as obras estão paralisadas desde junho do ano passado. Enquanto isso, a população do Subúrbio, que pagava RS 0,50 por uma passagem do extinto trem, agora tem que desembolsar R$ 4,40 numa passagem de ônibus”, argumentou o parlamentar.
O vereador Orlando Palhinha (DEM), que também esteve à frente da audiência pública, disse que: “Este projeto do Monotrilho tem um elevado de oito a dez metros e causa impactos à vizinhança. Isto é um desrespeito à população do Subúrbio. E há um ano o Governo do Estado da Bahia desativou os trens do Subúrbio. Foram retirados os trilhos e não houve nenhuma linha de outro modal para atender a população local”.

Aplicativos de transportes

Na sessão ordinária, a Tribuna Popular também foi utilizada por Denis Paim, representante da Associação Geral dos Taxistas, que falou sobre a regulamentação dos aplicativos de transportes. “A concorrência entre os taxistas e os motoristas destes aplicativos é desleal”, pontuou. “Desde 2019 os aplicativos de transportes foram regulamentados, mas houve uma judicialização da questão e a lei não está sendo cumprida”, afirmou.

Segundo Denis Paim, os taxistas têm diversas obrigações, como o pagamento de taxas e a obrigatoriedade dos veículos não terem mais do que oito anos de fabricação. Ele também citou algumas obrigações que os motoristas de aplicativos teriam, caso houvesse a aplicação da lei acerca da sua regulamentação.
“Os veículos mais antigos deles não poderiam estar rodando nas ruas. Não deveriam estar em pontos fixos e realizando plotagens dos veículos. E precisariam passar por vistorias”, concluiu.

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