Segundo o jornal, o regimento interno do instituto prevê que o diretor seja escolhido pelo presidente da República numa lista tríplice, elaborada por um Comitê de Busca, composto por um grupo de notáveis da comunidade científica.
Esse colegiado de especialistas, porém, só pode ser formado com a autorização do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações. Aí é que está o problema.
O Inpe enviou a solicitação para compor o Comitê de Busca em 9 de outubro do ano passado. A área técnica do ministério deu parecer favorável à formação do colegiado. Faltava a assinatura do ministro.
Pronto, a partir daí, não aconteceu mais nada. E desde o ano passado, a cadeira de diretor está ocupada por um interino, o militar Darcton Damião, obviamente afinadíssimo com Marcos Pontes.
Para piorar um pouco, ao final do ano passado, Damião, sem a legitimidade para ocupar a cadeira em que está, anunciou que implementará uma gigantesca reformulação no organograma do órgão.