Ministro da Fazenda Fernando Haddad se pronunciou nesta noite de quarta-feira (2) em entrevista coletiva, logo após o corte na taxa de juros pelo Banco Central. Haddad comemorou a decisão do Banco Central de reduzir a Selic em meio ponto percentual. Segundo ele, a decisão indica que a política econômica está na direção correta.
“O corte de 0,50% na taxa básica de juros sinaliza que estamos na direção certa. Um avanço no sentido do crescimento econômico sustentável para todos”, disse o ministro.
Em entrevista na sede do ministério da Fazenda, o ministro falou que sempre manteve o respeito pelo Banco Central.
– Eu queria reiterar o respeito pelo Banco Central. Nós sempre mantivemos diálogo de alto nível, a começar pelo presente Campos Neto. Esse diálogo técnico resultou nesse placar apertado, que foi de 5 a 4. Vai ajudar muito as expectativas – afirmou.
Segundo ele o governo não está medindo esforço para combater a inflação.
– A inflação está controlada e a economia vai começar a se replanejar por um Brasil de crescimento sustentável. Não estamos no fim de um trajeto, concluímos o primeiro ciclo de medidas. É o começo de um trabalho que será longo ainda. Temos muitos desafios pela frente – disse o ministro.
Confira como votou cada diretor:
Indicaram corte de 0,50 p.p.
- Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente);
- Ailton de Aquino Santos;
- Carolina de Assis Barros;
- Gabriel Muricca Galípolo;
- Otávio Ribeiro Damaso.
Indicaram corte de 0,25 p.p.
- Diogo Abry Guillen;
- Fernanda Magalhães Rumenos Guardado;
- Maurício Costa de Moura;
- Renato Dias de Brito Gomes.
- Desde que assumiu, Lula e sua equipe – incluindo o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Fazenda
- Fernando Haddad – vêm criticando o patamar dos juros no país e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Mesmo com a alteração, porém, o Brasil continua sendo o país com os juros reais mais altos do mundo, considerada a lista com as 40 principais economias feita mensalmente pelo economista Jason Vieira e divulgada no portal de investimentos MoneYou.
Campos Neto votou por corte de 0,5 ponto percentual da Selic; placar foi de 5 a 4
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