O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, discursou nesta segunda-feira (27), durante a 52ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, na Suíça.
Silvio Almeida falou durante 10 minutos, tempo em que fez uma série de compromissos de defesa dos direitos humanos durante o governo em diversas áreas, fazendo oposição à agenda do ex-presidente Jair Bolsonaro.(PL).
“As dificuldades são muitas. O que encontramos foi um quadro escandaloso de desmonte, negligência e crueldade”, afirmou o ministro dos Direitos Humanos diante de representantes de dezenas de países.
A crise dos Yanomami foi citada como um exemplo de dificuldade encontrada, e Silvio Almeida sugeriu, a todos aqueles que defendem os direitos humanos, incluindo comunicadores e ambientalistas, a criação de um plano nacional de proteção.
Nesse contexto, Silvio citou os assassinatos da vereadora Marielle Franco, em 2018, assim como do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, em 2022.
Na área da Saúde, Silvio Almeida prometeu o restabelecimento dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres no Sistema Único de Saúde (SUS).
“Voltaremos a ter como base a ciência e daremos novo fôlego à luta antimanicomial, ao enfrentamento ao HIV e à aids e à defesa do acesso equânime a medicamentos e vacinas, particularmente no contexto de pandemias como a que nós vivemos”, afirmou o ministro de Direitos Humanos.
Sob o governo Bolsonaro, o Ministério dos Direitos Humanos defendeu a retirada dos termos “direitos sexuais e reprodutivos” em textos da ONU. Além disso, as posições de Bolsonaro no combate à Covid-19 iam contra o defendido pela comunidade científica.