O Ministério da Defesa divulgou neste último sábado (14) nota onde assinala que “a característica fundamental das Forças Armadas como instituições de Estado, permanentes e necessariamente apartadas da política partidária.”
O texto também enfatiza que “o único representante político das Forças Armadas, como integrante do Governo, é o Ministro da Defesa”, e ainda salienta que “os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, quando se manifestam, sempre falam em termos institucionais, sobre as atividades e as necessidades de preparo e emprego das suas Forças, que estão voltadas exclusivamente para as missões definidas pela Constituição Federal e Leis Complementares.”
A mensagem é assinada pelo ministro da Defesa, Fernando Azevedo, e subscrita pelos comandantes das três forças: Edson Leal Pujol (Exército), Antonio Carlos Moretti Bermudez (Aeronáutica) e Ilques Barbosa Junior (Marinha).
Apreço pelas Forças Armadas
Conforme os quatro signatários, “o presidente da República, como comandante supremo, tem demonstrado, por meio de decisões, declarações e presença junto às tropas, apreço pelas Forças Armadas, ao que tem sido correspondido.”
Na quinta-feira (12), o Comandante do Exército, Edson Pujol, ao participar de uma teleconferência do Instituto para Reforma das Relações Estado e Empresa, com a participação dos ex-ministros Sérgio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional) e Raul Jungmann (Defesa), ambos do governo de Michel Temer, afirmou que as Forças Armadas não querem “fazer parte da política governamental ou do Congresso Nacional. Muito menos queremos que a política entre em nossos quartéis”
Segundo Pujol disse na ocasião, ainda a respeito da política e dos militares, “nestes dois anos, o Ministério da Defesa e as três Forças se preocuparam, exclusivamente e exaustivamente, com assuntos militares.”
Na sexta à noite (13), o presidente Jair Bolsonaro publicou em uma rede social que “a afirmação do General Edson Leal Pujol (escolhido por mim para Comandante do Exército), que ‘militares não querem fazer parte da política’, vem exatamente ao encontro do que penso sobre o papel das Forças Armadas no cenário nacional.”