A operação é de rotina, mas o planejamento precisa ser meticuloso, detalhado e sigiloso. E assim fez o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que por semanas organizou o primeiro grande rodízio de integrantes de organizações criminosas entre presídios federais.
Como informou Maurício Ferraz, da TV Globo, Fernandinho Beira-Mar, chefe do Comando Vermelho, está entre os transferidos. O blog de Daniela Lima, por sua vez, apurou que, ao todo, 24 criminosos seriam deslocados, porém, um juiz de Mossoró suspendeu a transferência de um dos internos.
A operação já foi concluída, sem percalços e, oficialmente, 23 presos foram transferidos.
A transferência de integrantes de organizações criminosas é feita de tempos em tempos para assegurar que eles não criem vínculos nem passem a conhecer detalhes das instituições onde estão detidos.
Há ainda, claro, um monitoramento feito pela inteligência federal de inquietações dentro de organizações criminosas que, com seus líderes presos, passam a ser alvo de disputas internas.
Transferência de Beira-Mar
Fernandinho Beira-Mar foi transferido e levado para a Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná, em uma operação sigilosa no último sábado (2).
Ao todo, 24 presos foram transferidos no último sábado (2) para a Penitenciária de Catanduvas. Em 12 de janeiro, Beira-Mar já havia sido transferido de Campo Grande para Mossoró.
Fuga inédita
A primeira fuga registrada na história do sistema prisional federal, criado em 2006, aconteceu no dia 14 de fevereiro quando Deibson Nascimento e Rogério Mendonça escaparam da Penitenciária Federal de Mossoró.
As buscas permanecem concentradas na área rural e Baraúna, que faz divisa com o Ceará. Os municípios são ligados pela RN-015, onde fica o presídio.
A operação para recaptura envolve mais de 600 agentes de segurança, que atuam de forma integrada. São policiais federais, rodoviários federais, militares e civis, além da Força Nacional.