O governo federal lança na quinta-feira a portaria com as diretrizes e metas da nova versão do programa Minha Casa, Minha Vida, incluindo o custo de 170 mil reais por unidade para a faixa 1, voltada a famílias de renda familiar até 2.640 reais, e a determinação de contratar pelo menos 145 mil moradias este ano com o Orçamento da União.
De acordo com o ministro das Cidades, Jader Filho, a portaria trará também a meta de 2 milhões de unidades a serem contratadas até 2026, em todas as faixas de renda, um número que o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva colocou em dúvida durante a reunião dos 100 dias de governo, na última segunda-feira.
“Eu quero dizer que estou bastante confiante, acho que vamos até ultrapassar”, disse o ministro à Reuters. “Estive ontem (terça) na Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras) e hoje (quarta) na CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) e vi os empresários muito entusiasmados. Não houve contratação da faixa 1 em quatro anos.”
A meta de 2 milhões de moradias, inclusive a pedido do presidente, inclui também unidades para faixas superiores de renda, uma cobrança que, segundo Lula, ele tem recebido. Na reunião dos 100 dias de governo, o presidente pediu que se incluíssem pessoas com renda familiar até quatro salários mínimos, mesmo mantendo a prioridade para a faixa 1.
Segundo Jader Filho, parte do financiamento será via Orçamento da União –concentrado na faixa mais baixa– e financiamento via FGTS, aí para todas as faixas. A expectativa do ministro é, para este ano, chegar a 450 mil unidades contratadas, frente ao total de 360 mil em 2022.