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quinta-feira 16 de maio de 2024 às 10:08h

Minério de ferro e soja mais caros pressionam inflação no atacado no IGP-10 de maio

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Os aumentos nos preços do minério de ferro (11,70%) e da soja (4,73%) exerceram as principais pressões sobre a inflação no atacado dentro do Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de maio, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira (16).

O IGP-10 passou de uma queda de 0,33% em abril para uma alta de 1,08% em maio. O índice acumulou uma redução de 1,27% em 12 meses.

“Em maio, os três componentes do IGP-10 mostraram aceleração. O Índice de Preços ao Produtor (IPA), que tem maior peso no IGP-10, registrou aumento de 1,34%, com o minério de ferro contribuindo sozinho para 53% desse resultado. No Índice de Preços ao Consumidor (IPC), o destaque foi para o grupo Transportes, que registrou aumento de 1,44% no preço da gasolina. No Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), o principal destaque foi a mão de obra, cuja taxa de variação avançou de 0,50% em abril para 0,92% em maio”, explicou André Braz, coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) passou de uma queda de 0,56% em abril para um aumento de 1,34% em maio.

Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais passaram de uma queda de 0,36% em abril para um recuo de 0,18% em maio, influenciados pelo subgrupo de alimentos processados, cuja taxa acelerou de -0,93% para 0,76%.

O grupo de Bens Intermediários saiu de 0,71% em abril para 0,91%, em maio, impulsionado pelo subgrupo de materiais e componentes para a construção, que passou de uma queda de 0,21% para um crescimento de 0,85%.

O grupo Matérias-Primas Brutas passou de -2,23% em abril para 3,45% em maio, tendo como principais contribuições os itens minério de ferro (de -14,46% para 11,70%), café em grão (de 3,52% para 15,28%) e bovinos (de -2,13% para 0,54%). Na direção oposta, os movimentos mais relevantes ocorreram nos itens: laranja (de 4,50% para -8,51%), cana-de-açúcar (de -0,97% para -2,59%) e aves (de -1,02% para -2,32%).

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