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quinta-feira 1 de fevereiro de 2024 às 07:40h

Mineração na Bahia teme retração em volume de investimentos previstos

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O Instituto Brasileiro da Mineração (Ibram) reduziu em US$ 3,1 bilhões as expectativas de investimentos na produção de bauxita entre 2024 e 2028. Em entrevista ao Jornal Correio, Júlio Nery, diretor de sustentabilidade e assuntos regulatórios do Ibram explicou que o projeto anunciado em 2010, da gigante anglo-australiana Rio Tinto Alcan, que prometia US$ 4 bilhões para exploração da substância mineral e a construção de uma refinaria de alumina em Amargosa é um dos que não foram para frente. A fala foi durante a apresentação dos dados consolidados da mineração em 2023. Outra queda registrada na Bahia aconteceu no faturamento, de 4,3%. Nacionalmente, houve uma retração de 0,7%.

O volume de investimentos previstos para a mineração baiana para os próximos cinco anos registrou queda de quase 12% em relação aos números apresentados um ano atrás. Ainda assim, espera-se do setor mineral na Bahia um volume de investimentos um pouco acima de US$ 9 bilhões – o equivalente a mais de R$ 45 bilhões.

Boa parte disso se deve ao projeto da Bamin, para a produção de minério de ferro em Caetité, com a conclusão do trecho 1 da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e a construção do Porto Sul. O complexo mineral e logístico foi apresentado diversas vezes ontem por integrantes do Ibram como o “maior investimento em curso” do Brasil. “A Bahia tem o maior projeto de mineração do Brasil, que é o da Bamin e este continua firme”, ressaltou Nery.

A indústria da mineração brasileira vai precisar superar “eventos extremos”, diz o presidente do Ibram, Raul Jungmann. Por um lado, a previsão de investimentos no setor foi ampliada de US$ 50 bilhões para US$ 64,5 bilhões. “Este número é simplesmente extraordinário porque o mundo demanda mais minerais, principalmente aqueles críticos para superar a emergência climática”, destacou. Por outro lado, acrescentou, a atividade está enquadrada entre as que serão sobretaxadas a partir da Reforma Tributária através do chamado imposto do pecado, a tributação seletiva que acresce em 1% a cobrança sobre determinados produtos. “Somos favoráveis a uma reforma tributária, mas enquadrar a mineração na tributação seletiva é um absurdo. Somos fundamentais para a transição energética”, defendeu.

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