Os cinco militares venezuelanos localizados na reserva indígena de Roraima (RR), no dia 26 de dezembro, já teriam pedido refúgio no Brasil. A informação foi dada em uma nota conjunta assinada pelos Ministérios das Relações Exteriores e da Defesa.
Os militares foram encontrados pelo Exército brasileiro durante um patrulhamento de rotina feito na fronteira brasileira.
Na nota, os ministérios informam que os militares foram recebidos pela “Força Tarefa Logística Humanitária Operação Acolhida” e vão iniciar os procedimentos para a solicitação de refúgio no Brasil, a exemplo de outros militares venezuelanos em situação similar.
Os ministérios também destacam que “a Força Tarefa Logística Humanitária Operação Acolhida tem prestado relevantes serviços no atendimento aos imigrantes venezuelanos na fronteira norte do Brasil, sendo reconhecida e premiada internacionalmente”.
Mais cedo, o governo da Venezuela anunciou que ativou “trâmites diplomáticos” para solicitar ao Brasil a entrega de cinco militares “desertores” venezuelanos que foram retidos em Roraima e supostamente estão envolvidos no ataque a uma base militar no sul do território venezuelano.
“Já começaram a ativar os trâmites diplomáticos necessários para solicitar e facilitar a entrega deste grupo de cidadãos envolvidos em fatos tão graves”, informou o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela, esses combatentes são “desertores” das Forças Armadas e responsáveis pelo ataque de 22 de dezembro contra uma instalação militar em Gran Sabana, que terminou com a morte de um oficial e o roubo de 120 fuzis e nove lança-granadas.