segunda-feira 6 de maio de 2024
O socialite Chiquinho Scarpa esteve por trás da ideia para a campanha de doação de órgãos Foto: Facebook/Reprodução
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terça-feira 29 de agosto de 2023 às 18:00h

Milionário brasileiro enterrou um Bentley para incentivar a doação de órgãos; relembre o caso

NOTÍCIAS, SAÚDE


Nos últimos dias, a pauta da doação de órgãos tem estado em alta com o recente caso do apresentador brasileiro Fausto Silva, o Faustão, que, em função de sua insuficiência cardíaca, entrou na fila do SUS para receber um transplante de coração. Com o tema em voga, a revista Vrum resolveu relembrar outro caso de 2013, quando um carro – mais especificamente um Bentley Continental – teve papel decisivo na possível cura de pessoas que se encontram em situações semelhantes a de Faustão. Como assim?

Bom, o que aconteceu foi segundo Laura Carellos, da Vrum, que, naquele ano, um famoso milionário e socialite brasileiro, o Chiquinho Scarpa, achou que seria uma boa ideia enterrar o seu Bentley Continental de luxo para divulgar e incentivar a doação de órgãos na sociedade. E ele não estava errado. A ideia foi um tanto quanto inteligente – mas isso, claro, para alguém já bastante abastado, que não vê problema algum em colocar seu carrão de mais de R$ 1 milhão debaixo da terra.

Enterrando o veículo bem no quintal de sua mansão, Chiquinho buscou divulgar uma campanha cujo slogan era: “Absurdo é enterrar algo muito mais valioso do que um Bentley: seus órgãos”.

O enterro do Bentley foi, na verdade, uma pegadinha

Toda a história começou quando o milionário publicou em seu Facebook que enterraria o seu Bentley Continental Flying Spur – um modelo que, na época, custava entre R$ 925 mil e R$ 1,075 milhão. A princípio, os internautas ficaram chocados com a declaração e não compreenderam o propósito por trás.

Bentley Continental Flying Spur visto da diagonal frontal.
Modelo, na época, custava algo em torno de R$ 1 milhão – Foto: Wikimedia Commons

No grande dia, foi feita uma verdadeira cerimônia, com diversos jornalistas, na mansão de Scarpa, localizada no bairro Jardins, em região nobre de São Paulo. Coroas de flores foram colocadas em volta da “sepultura” preparada para receber o veículo.

Chiquinho Scarpa em frente à cova que receberia o Bentley Continental. Ação fez parte de campanha para doação de órgãos.
No final, o veículo não foi, de fato, enterrado – Foto: Facebook/Reprodução

O Bentley chegou a ser colocado dentro da cova. Naquele momento, diversas especulações já circulavam em torno do motivo que teria levado Chiquinho a querer, “simplesmente”, se livrar – e de maneira tão fúnebre – de seu Continental de luxo.

Porém, bem na hora do clímax da cerimônia, quando a terra começaria a ser lançada sobre o veículo para selar o seu fim mórbido, o socialite convidou os jornalistas para dentro da casa e revelou a campanha que estava por trás daquela “ideia maluca”.

“Eu não sou louco: eu não vou enterrar minha Bentley. Eu fiz tudo isso para conscientizar as pessoas de um problema grave, que é a doação de órgãos no Brasil. Eu fui julgado por querer enterrar um Bentley, mas a verdade é que a grande maioria das pessoas enterram coisas muito mais valiosas que meu carro. Elas enterram corações, rins, fígados, pulmões, olhos. Isso sim que é um absurdo”

Chiquinho Scarpa

No Brasil, mais de 65 mil pessoas dependem da doação de órgãos

E mais uma vez: Chiquinho Scarpa não estava errado. Nem naquela época, nem hoje.

No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, mais de 65 mil pessoas estão na fila de transplante de órgãos atualmente. O número é um dos maiores dos últimos 25 anos. Perto dessas vidas que estão dependendo de órgãos – muitas vezes, “abandonados” debaixo da terra – para sobreviverem, um Bentley Continental enterrado não seria um desperdício à altura.

“Com tanta gente esperando por um transplante, você ser enterrado com seus órgãos saudáveis que poderiam salvar a vida de várias pessoas, é o maior desperdício do mundo. O meu Bentley não vale nada perto disso. Nenhuma riqueza, por maior que seja, é mais valiosa que um único órgão, porque nada é mais valioso do que uma vida”

Chiquinho Scarpa

Vale lembrar que, para se tornar um doador no Brasil, o passo principal é conversar com a família para deixar claro o desejo e autorizar a doação em caso de óbito.

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