Após aparecer no horário eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL) e da ex-ministra Damares Alves (Republicanos), a primeira-dama Michelle Bolsonaro pediu votos a seu irmão de consideração e candidato a deputado distrital, Eduardo Torres (PL). De acordo com o artigo 14 da Constituição, parentes consanguíneos do presidente de até segundo grau não podem disputar o pleito. A regra se estende a irmãos e filhos da primeira-dama. No entanto, Torres não tem laço biológico com Michelle.
— Sabe aquele sonho de ter um Distrito Federal melhor? Começa a ser realizado com a escolha do nosso deputado. Eduardo é meu irmão e nele eu confio — afirma, enquanto Eduardo apenas posa ao seu lado.
No sábado, Michelle voltou a estrelar a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas, desta vez, apenas a sua voz em narração. Neste novo comercial, ela diz saber quem o chefe do Executivo é dentro de casa e se declara uma “esposa que ama o marido”.
Na última quinta-feira, uma participação da primeira-dama no horário eleitoral do presidente foi suspensa pela ministra Maria Claudia Bucchianeri, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A peça foi questionada pela equipe jurídica da candidata à Presidência pelo MDB, Simone Tebet.
De acordo com a legislação eleitoral, apoiadores não podem ultrapassar 25% do tempo da propaganda na modalidade inserção. Na ocasião, a ministra interpretou que a imagem da esposa do presidente pode proporcionar “inequívocos benefícios ao candidato representado, agregando-lhe valores inquestionáveis”.
Em propaganda que exibiu o jingle da ex-ministra e candidata ao Senado Federal, Damares Alves (Republicanos), a primeira-dama aparece abraçando Damares em um frame de vídeo.
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