Cerca de metade dos candidatos eleitos doou para a própria campanha em 2020, segundo os dados mais atualizados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até o momento, 33,3 mil candidatos vencedores declararam ter feito “autodoações”, o equivalente a 48% do total.
A proporção é bem maior do que a média. No geral, um em cada quatro candidatos declarou ter doado para a própria campanha. Pelo menos 139,8 mil dos 535,9 mil candidatos fizeram autodoações, o equivalente a 26%.
Ao todo, os candidatos declararam ter doado R$ 395 milhões para as próprias campanhas.
Os números são preliminares e podem mudar, já que os candidatos eleitos têm até o dia 15 de dezembro para declarar as receitas e despesas de campanha ao TSE. Os não eleitos e os partidos têm até março para prestar contas.
As doações variam de R$ 0,01 a R$ 2,1 milhões. O maior valor transferido para a própria campanha foi do candidato a prefeito de Belo Horizonte Fabiano Cazeca (Pros), que saiu derrotado no primeiro turno com 2.517 votos.
Segundo dados do TSE, 94 candidatos afirmaram ter doado menos de R$ 1 para a própria campanha. Desses, 8 declararam ter repassado apenas R$ 0,01.
Prefeitos doam mais, vices doam menos
Quando separado por cargo, quem buscou a prefeitura fez o maior número de autodoações, proporcionalmente. Ao todo, 43% dos candidatos a prefeito declararam ter contribuído para a própria campanha. Já entre os candidatos a vice, a parcela cai para 9%.
MDB lidera entre os partidos
No recorte por partido, o MDB registra o maior número de candidatos que doaram para a própria campanha e o maior valor total. Já o PCB teve o menor número e valor doado.