A deputada federal Tabata Amaral (PDT) disse, em entrevista no programa Poder em Foco do Poder360, que se sentiu traída pelo ex-ministro Ciro Gomes e pelo seu partido, PDT. Contrariando a orientação da legenda, ela votou a favor da reforma da Previdência proposta pelo governo de Jair Bolsonaro e chegou a ser suspensa.
“Me senti traída como eleitora porque eu defendi essa proposta”, disse Tabata. “Votei no Ciro Gomes, votei no PDT porque acreditava no que eles diziam, de defender a responsabilidade fiscal junto com a inclusão social. Para mim, não dá para ser oposição por oposição quando tem gente passando fome”.
À época da votação da reforma no Congresso, Ciro, que foi candidato à presidência da República em 2018, disse que “ninguém pode servir a dois senhores” e sugeriu que Tabata fosse para o MBL (Movimento Brasil Livre).
A deputada entrou com ação na Justiça para trocar de partido sem perder o mandato, mas, até o momento, segue no PDT.
Na entrevista, Tabata relatou que sofre preconceito no Congresso Nacional por ser mulher e jovem. “Já disseram que eu não tinha capacidade de escrever um relatório. Então é diariamente as pessoas te questionando, aí comentam a cor do seu batom, que não tem nada a ver com o que você está votando, comentam da roupa. Chega uma hora que você tem de concentrar e trabalhar, sabe?”, afirmou.