Marina Silva pretende concorrer em 2022, mas não ao Planalto

Após três eleições presidenciais, o Brasil não deverá ter mais Marina Silva (Rede) entre os candidatos ao Palácio do Planalto no pleito de 2022. Dirigentes do partido da ex-senadora afirmaram à coluna de Igor Gadelha, no Metrópoles, que ela não pretende se candidatar mais à Presidência da República.

Segundo aliados, a decisão foi por vontade da própria Marina, que não teria desejo de enfrentar novamente uma disputa presidencial. A ex-senadora concorreu ao Planalto nas três últimos eleições em 2010, 2014 e 2018, quando terminou em oitavo lugar, com 1% dos votos válidos.

Isso não quer dizer, porém, que Marina não terá seu nome na urna. Ela avalia concorrer a uma vaga de senadora ou deputada federal pelo Distrito Federal, onde mora. A Rede quer Marina como uma espécie de “puxadora de votos” para auxiliar a sigla a vencer a cláusula de barreira.

Atualmente, a legenda tem apenas uma deputada federal: Joenia Wapichana (Rede-RR). No Senado, por sua vez, possui dois representantes Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Fabiano Contarato (Rede-ES). Ambos têm mandato garantido até fevereiro de 2027.

Diferente de outros anos, quando começar a se colocar no debate público a um ano das eleições, Marina tem se mantido recatada em 2021. A ex-senadora, por exemplo, não tem dado entrevistas, limitando-se a dar sua opinião sobre temas da atualidade por meio de suas redes sociais.

Em vídeo divulgado nas redes sociais após a publicação desta matéria, Marina negou que pretenda ser candidata ao Congresso pelo DF para ser uma “picadora de votos”. “O que estou fazendo é ajudando a fortalecer a chapa dos candidatos aqui do Distrito Federal”, afirmou.

A ex-senador não comentou, porém, sobre a desistência de concorrer ao Planalto, nem disse por qual estado pretende disputar as eleições de 2022.