Uma entrevista em que disse contar com uma espingarda na infância para se defender contra possíveis ataques sexuais virou munição contra Marina Silva nas redes sociais.
Sim, quando eram crianças, Marina levava uma espingarda, ela e as irmãs, quando iam cortar seringa no Acre. Como tinha muito homem na atividade, a mãe achou por bem lhes dar algum tipo de proteção.
E sim, a presidenciável da Rede é uma crítica feroz da flexibilização do desarmamento, que seria um “retrocesso”, como não se cansa de repetir.
Uma coisa não anula a outra, muito pelo contrário, disse a ex-senadora à reportagem após ser atacada por movimentos conservadores, muitos deles pró-Jair Bolsonaro (PSL).
Sua mãe tinha uma desculpa para acreditar “na ilusão” de que as filhas estariam mais seguras se levassem consigo “uma espingarda, na maioria das vezes sem cartucho”, diz.
Já Bolsonaro não tem desculpa para, “em pleno século 21”, achar que menores de idade deveriam aprender a atirar desde pequenos, afirma Marina.