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sexta-feira 9 de julho de 2021 às 18:14h

Marcelo Galo defende que o reggae seja patrimônio cultural imaterial da Bahia

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O deputado Marcelino Galo Lula (PT) apresentou projeto de lei na Assembleia Legislativa em que propõe que o reggae seja reconhecido como patrimônio cultural imaterial da Bahia. “A presente propositura legislativa é fruto da construção e da luta do povo do Recôncavo baiano, tendo como alicerce o Projeto Batida do Paraguaçu”, explica o parlamentar..

A iniciativa tem “como justificativa, da perspectiva cultural , a necessária de maior difusão da cultura deste gênero que surge na década de 80 no Recôncavo baiano e sua influência no ritmo reggae no país, interagindo com os principais grupos de referência percussiva e do ritmo reggae no Recôncavo”.

O parlamentar diz que a proposta é que os Territórios de Identidade Negra da cidade Cachoeira, “reconhecida como monumento histórico pelo estado brasileiro, tombada pelo Patrimônio Cultural desde 1971 e que configura-se como a mais importante cidade histórica do Recôncavo e com os principais protagonistas da produção deste ritmo”.

“Este projeto contribuirá para a educação patrimonial musical, reconhecimento da importante referência do recôncavo para historicidade negra no país e para o fortalecimento da luta pelos direitos étnicos e territoriais”, defende, explicando que “baseia-se na premissa de que o Reggae constitui-se uma das expressões culturais musicais mais importantes no Recôncavo e da música negra brasileira e que nesta região possui importantes músicos como Geraldo Cristal, Edson Gomes, Quinho Batera, Sine Calmon, Tim Tim Gomes, Nengo Vieira, Marco Oliveira, Wilson Tororó e Beto Souza e João Teoria”, cita o texto.

Na justificativa, Galo destaca o papel de Edson Gomes, “o primeiro reggaemen do país, quando seus primeiros trabalhos musicais ainda figuravam o gênero samba-reggae, conforme exposição do recente documentário, trabalho de memória musical do Reggae Recôncavo, no Projeto Na Batida do Paragauçu” e até de teses de mestrado, como a do professor Ricardo Reina e o trabalho da antropóloga Bárbara Falcon.

“Com esta perspectiva o projeto pretende indicar o resgate e preservação desta manifestação musical que se origina nas Comunidades Guetos da Jamaica, enquanto força do Povo que resistiu e resiste ao processo de aculturamento, exploração, preconceito e violência causada pelo capital desde a década de 70”, conta o petista lembrando que o Recôncavo, constituído desta musicalidade, origina o reggae raiz em nosso país dando, início a esta escola que influenciará as bandas atuais mais expressivas do gênero no Brasil.

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