Uma segunda mulher pode ter sido vítima de estupro pelo médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso em flagrante na madrugada desta segunda-feira (11) por estuprar uma gestante durante cesárea.
A mãe da segunda vítima entrou em contato com a TV Globo e relatou um caso parecido.
“Quando minha filha veio da mesa de cirurgia, ainda desacordada, ela veio suja. Percebi sobre o rosto e sobre o pescoço dela algumas casquinhas secas, brancas. Eu não sabia o que era. Achava que era algum medicamento que tinha entornado”, disse a mãe da suposta vítima, segundo o g1.
Quintella foi flagrado no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em Vilar dos Teles, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, onde trabalhava há pelo menos 2 meses. Com um celular escondido, as técnicas de enfermagem gravaram as cenas de estupro.
As mulheres da equipe do hospital estranharam a quantidade de sedativo que o anestesista aplicava nas pacientes, o uso de “capotes” fazendo uma cabana que impedia outra pessoa visualizar a paciente do pescoço para cima e a forma como ele se movimentava atrás do lençol que o separava da equipe.
Segundo relatos, as pacientes não conseguiam segurar os bebês após o parto devido a alta quantidade de sedativos.
O médico não é servidor do estado e prestava serviço há seis meses como pessoa jurídica para os hospitais estaduais da Mãe, da Mulher e Getúlio Vargas. O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) informou ter aberto um processo para expulsar Giovanni Quintella.
Em nota, a defesa do médico alega que “ainda não obteve acesso na íntegra aos depoimentos e elementos de provas que foram produzidos durante a lavratura do auto de prisão em flagrante. A defesa informa também que após ter acesso a sua integralidade, se manisfestará sobre a acusação realizada em desfavor do anestesista Giovanni Quintella”.