Rodrigo Maia reuniu seu grupo político na manhã desta quinta-feira (26), na quadra do Salgueiro, na Zona Norte do Rio de Janeiro, para explicar sua estratégia política e principalmente a ida para o secretaria de João Doria. Maia anunciou de acordo com a coluna de Guilherme Amado, que em janeiro irá renunciar ao cargo de secretário de Doria e voltar para o Rio, para ajudar na construção da candidatura a governador do estado.
O objetivo de Maia era tentar dissipar especulações de que estaria abandonando o RJ, que lhe deu o mandato, e possivelmente rompendo com Eduardo Paes. Segundo Maia, ele consultou Eduardo Paes antes de aceitar o convite de Doria, o que demonstraria a continuidade de sua aliança com o prefeito.
Maia disse que poderá trabalhar mais pelo Rio estando em São Paulo do que em Brasília, pelos contatos e atração de investimentos que pode conseguir junto à Faria Lima. Justificou sua ida para o governo Doria também para ajudar a viabilizar a terceira via a presidente em 2022.
Sobre as eleições do ano que vem, disse ainda que Cesar Maia é o melhor nome do grupo para disputar o governo do estado no ano que vem, mas ponderou que os 76 anos de Cesar podem pesar na decisão de fazer uma campanha de governador.
Defendeu que todos se filiem ao PSD, conforme a decisão do Eduardo Paes de o grupo ir para o partido de Gilberto Kassab. Mas não falou sobre quando ele próprio irá se filiar. Em outro momento, disse que a não filiação dele tem a ver com Brasília: o PSD, assim como outros partidos ditos de oposição, continuam votando com Bolsonaro.
Ainda sobre 2022, em tom de brincadeira, Maia disse, ao lado de Daniela Maia, sua irmã, recém-filiada ao PSD e atual presidente da Riotur, que ela poderia substituí-lo na cadeira de deputado federal.