O presidente Lula da Silva (PT) vetou a participação de ministros de seu governo em campanhas de candidatos que o “esculhambem” durante as eleições municipais deste ano.
Além disso, o presidente avisou aos auxiliares que deve subir em poucos palanques durante esse período eleitoral, e que vai focar suas participações em valorizar os candidatos apoiados por ele.
Lula deu o recado aos ministros durante uma reunião ministerial que durou cerca de sete horas durante esta quinta-feira (8), no Palácio do Planalto.
Depois da reunião, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), disse à imprensa que o chefe do Executivo federal pediu que seus ministros tenham o mesmo comportamento durante as eleições.
Lula pediu prudência aos ministros. O presidente não quer que os ministros façam ataquem aos adversários para não prejudicar o governo em prováveis alianças políticas futuras.
Cobranças
Durante o encontro, Lula cobrou mais uma vez que os ministros melhorem a comunicação do trabalho de suas pastas com a sociedade. O chefe do Executivo federal pediu ainda que os ministros pensem em estratégias eficientes de comunicação e façam muitas viagens pelo país.
Segundo o chefe do Planalto, é preciso que a população entenda que o governo fez entregas importantes. Além disso, na visão de Lula, é preciso vencer a disputa política de narrativas.
Em sua fala, Lula também agradeceu ao Congresso Nacional e citou que o governo conseguiu aprovar matérias mesmo numa correlação de forças adversa no Legislativo, até mais do que nos governos anteriores.
O presidente citou o governo Boric, presidente do Chile, como exemplo negativo. Lula afirmou que, apesar de ter quase metade das cadeiras no parlamento chileno, Boric não consegue aprovar medidas no parlamento.
Além disso, Lula destacou aos ministros a atenção que tem dado ao tema da inteligência artificial. O governo coordenou a criação de um plano nacional sobre o assunto, e Lula disse que vai criar um grupo de trabalho para tratar do assunto e colocar o tema como prioritário do encontro com Xi Jinping.