O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retoma nesta quinta-feira (6) os trabalhos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI). A primeira reunião de do colegiado, após sete anos desativado, está marcada para esta manhã no Palácio do Planalto.
Criado em 2004, durante o primeiro mandato de Lula, o CDNI é formado por membros do governo e representantes da sociedade civil. O órgão terá o objetivo de propor uma nova política industrial para o país.
Segundo o Planalto, o conselho tentará encontrar formas de superar “o atraso produtivo e tecnológico”, além de promover inclusão socioeconômica, capacitação profissional e melhoria da renda da população, redução das desigualdades e sustentabilidade.
A agenda de Lula também prevê reunião à tarde com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação do governo junto ao Congresso.
Parlamentares do União Brasil esperam que o presidente oficialize, entre esta quinta e sexta-feira (7), a troca no Ministério do Turismo.
A sigla já informou ao Planalto que deseja ter o deputado Celso Sabino (PA) na vaga de Daniela Carneiro à frente da pasta. Aguardada há semanas, a troca ainda não foi oficializada por Lula.
Na noite desta quarta (5), o marido de Daniela e prefeito de Belford Roxo (RJ), Waguinho (Republicanos), afirmou que a ministra entregará o cargo em reunião com Lula na tarde desta quarta.
O CNDI
Na retomada do conselho após sete anos, o governo apresentará fontes e volumes de dinheiro disponíveis para financiar o fortalecimento industrial nos próximos quatro anos.
Antes do encontro, Lula se reunirá com o vice-presidente Geraldo Alckmin, que preside o colegiado por ser o ministro da Indústria e Comércio.
O Planalto informou que o conselho vai discutir uma série de temas, com seis missões como norte dos debates:
- Promoção de cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais para a segurança alimentar e nutricional
- Complexo econômico industrial da saúde resiliente para reduzir as vulnerabilidades do SUS e ampliar o acesso à saúde
- Infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade sustentáveis para a integração produtiva e o bem-estar nas cidades
- Transformação digital da indústria para ampliar a produtividade
- Bioeconomia, descarbonização e transição e segurança energéticas para garantir os recursos para as futuras gerações
- Tecnologias de interesse para a soberania e a defesa nacionais
▶️ Composição do conselho
O CNDI é composto por 20 ministros; pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante; e por 21 conselheiros que representam entidades industriais e de trabalhadores.
Sociedade civil:
O governo divulgou a relação das entidades industriais e de representantes de trabalhadores que estarão no CNDI:
Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia);
Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim);
Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea);
Grupo FarmaBrasil;
Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast);
Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC);
Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib);
Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee);
Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI);
Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores (Abisemi);
Associação de Empresas de Desenvolvimento Tecnológico Nacional e Inovação (P&D Brasil);
Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq);
Embraer S.A.;
Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom);
União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica);
Central Única dos Trabalhadores (CUT);
Força Sindical;
União Geral dos Trabalhadores (UGT);
Confederação Nacional da Indústria (CNI);
Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram);
e Instituto Aço Brasil.
Outras 19 instituições foram convidadas a participar das reuniões do CNDI, mas sem direito a voto:
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese);
Gerdau S.A.;
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea);
Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros);
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp);
Petrobras;
Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças);
Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma);
Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma);
Associação Brasileira de Indústria de Dispositivos Médicos (Abimo);
Confederação Nacional de Saúde, Hospitais, Estabelecimentos e Serviços (CNS);
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA);
Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit);
Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados);
Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq);
Associação Nacional de Biotecnologia (Anbiotec);
Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel);
Brasil Audiovisual Independente (BRAVI);
e Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).