O presidente Lula da Silva (PT) lamentou, nesta segunda-feira (12), a morte do ex-ministro da Fazenda Delfim Netto nesta madrugada.
“Durante 30 anos eu fiz críticas ao Delfim Netto. Na minha campanha em 2006, pedi desculpas publicamente porque ele foi um dos maiores defensores do que fizemos em políticas de desenvolvimento e inclusão social que implementei nos meus dois primeiros mandatos”, disse Lula em nota.
O ex-ministro da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento, morreu aos 96 anos. Ele estava internado desde o dia 5 de agosto no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Delfim foi um dos principais nomes da economia brasileira, atuando como ministro da Fazenda entre 1967 e 1974 – período da ditadura militar.
“Delfim participou muito da elaboração das políticas econômicas daquele período. Quando o adversário político é inteligente, nos faz trabalhar para sermos mais inteligentes e competentes”, completou o petista.
Foi durante o mandato de Delfim à frente da Fazenda que o Brasil experimentou um crescimento econômico anual de 9% no PIB, em média. O feito foi batizado de o “milagre econômico”.
Além do trabalho à frente da economia brasileira, Delfim Netto também será lembrado por ter sido um dos signatários do Ato Institucional Nº 5, de dezembro de 1968, que endureceu ainda mais o regime militar e aumentou a repressão do governo contra opositores.