“A política é muito dinâmica, e nós estamos muito longe do período eleitoral. Hoje, nesse momento, a pesquisa mostra que o candidato mais fraco, que tem o maior índice de rejeição, é o presidente [Jair] Bolsonaro. Mas não vamos nos esquecer de que [Bolsonaro e Lula] têm telhado de vidro, ambos têm uma história de insucessos. Não vamos esquecer que o PT deixou o país com déficit monumental. Não só com déficit, mas com escândalos de mensalão, petrolão, intervenção no domínio econômico que levou a inflação ao preço da energia, o pagamento de uma conta que ficou para o próximo presidente… Isso tudo no período da campanha surge. O que me faz acreditar, pela experiência que tenho, e isso vai se mostrar com o tempo, de que o centro só tende a crescer, e esses dois que pontuam na frente tendem a se desidratar. O quanto eles irão se desidratar, para se saber com quem o centro vai competir e ir para o segundo turno, nós não sabemos dizer. O tempo vai dizer e a própria sociedade, diante dos fatos que vão ser apresentados ou relembrados. A política é isso também. É colocarmos as cartas na mesa e mostrarmos para a população, relembrar às pessoas o que foi um governo, ou que é um governo. De qualquer forma, se nós estamos entre os dois, eu diria que nós estamos entre a cruz e a espada no sentido de você não ter uma alternativa saudável para o Brasil.”
(Simone Tebet, candidata presidencial do MDB, a Ricardo Corrêa e Lucyenne Landim, O Tempo.)