Dirigentes de partidos aliados que ajudaram a eleger Lula, com exceção do PT, tem aconselhado o presidente segundo Igor Gadelha, do Metrópoles, a voltar a criar a atmosfera da campanha e se cercar de referências de outros partidos.
Num momento crítico, com dificuldade de apoio no Congresso e petistas batendo cabeça, o presidente da República se cercou só de gente do PT e alijou nomes que foram fundamentais para sua eleição, como seu vice, Geraldo Alckmin, e a ministra Simone Tebet (Planejamento).
Dois desses dirigentes, do PSB e do PDT, se reuniram com Lula nesta semana e conversaram com ele sobre as dificuldades que o governo tem passado.
Foi dito ao presidente que foi um erro ele “isolar” Alckmin no Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio e não dividir agendas com o vice. O ex-governador tem uma boa imagem, passa credibilidade, mas não tem sido melhor aproveitado.
O mesmo comentário vale para Tebet, que fez uma honrosa e surpreendente campanha presidencial e, desafiando boa parte de seu partido, se antecipou a anunciou apoio a Lula no segundo turno. Interlocutores da ministra dizem que Lula está sendo “monitorado” por petistas que o cercam para “brilhar” sozinho. O que nem tem acontecido.
Lula também ouviu desses dirigentes aliados que há uma desgate com a exposição excessiva de ministros como Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais). São tidos como auxiliares com trânsito apenas entre a patota do PT.
Essa mesma crítica era feita ao ministro Paulo Pimenta (Comunicação Social), que se recolheu.