A nomeação do deputado federal Celso Sabino (União Brasil-PA) para a chefia do Ministério do Turismo deverá acontecer apenas em agosto. Inicialmente, a expectativa era que a substituição da atual ministra Daniela Carneiro (União Brasil-RJ) acontecesse nos próximos dias, com anúncio ainda nesta semana. Isso porque o próprio ministro das Relações Instituições, Alexandre Padilha, já havia sinalizado na última quinta-feira (6) a mudança na pasta, confirmando o agendamento de uma reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e líderes do União Brasil para discutir a escolha de Sabino. No entanto, a conversa foi adiada, com previsão para acontecer após o término das votações da pauta econômica na Câmara dos Deputados, o que deve ocorrer apenas em agosto, cenário que abre caminho para atrasos na minirreforma.
Na prática, além das tramitações ainda em aberto, um dos motivos para o provável adiamento na substituição da pasta é o recesso antecipado entre os deputados, bem como novas negociações “mais amplas” travadas por lideranças da legenda. Ou seja, as negociações de novos ministérios requisitados pelo partido presidido por Luciano Bivar. Como o site da Jovem Pan antecipou, além do Turismo, o União Brasil também negocia outros espaços no primeiro escalão do governo Lula. Ao mesmo tempo, interlocutores do partido ouvidos pela reportagem também ponderam que o provável adiamento busca, sob a ótica do presidente Lula, “prestigiar” a ministra Daniela Carneiro, que deve ser indicada para o cargo de vice-líder do governo na Câmara após perder a pasta.
“O presidente Lula quer aguardar o início dos trabalhos para prestigiar a ministra, que deu o apoio do Rio de Janeiro, indicando ela como vice-líder com a abertura dos trabalhos [após as férias]. Assim ele ganha tempo e dá uma barrigadinha também no União Brasil”, disse um deputado. De qualquer forma, a indicação de Celso Sabino para ao Ministério do Turismo é mais do que confirmada, resta saber quando o deputado assume a vaga e quais outros postos podem ser repassados ao Centrão na minirreforma promovida por Lula. Além do União, o Progressistas e o Republicam também “cobram a fatura” do apoio à reforma tributária e negociam nomeações.