O encontro dos presidentes da República e da Câmara, nesta última sexta (9), teve segundo o colunista Claúdio Humberto, do Diário do Poder, um significado: Lula da Silva (PT) teria entendido a mensagem, após o duro discurso de Arthur Lira (PP-AL) na reabertura do Legislativo, advertindo-o para “não subestimar” sua autoridade. O petista captou a mensagem e sinalizou na conversa com Lira, segundo fontes do governo, que não irá se opor à derrubada do próprio veto de R$5,4 bilhões das emendas parlamentares de comissões, equivalentes a 10% do total de mais de R$53 bilhões.
O sinal para o encontro foi do próprio Lula, durante entrevista em Minas quando afirmou que “se houve um acordo, temos de cumprir”.
A afirmação arrancou risadas Lira, diz fonte, pois sabedor de que foi de Lula a decisão do veto parcial, para “lacrar” contra as emendas. Mas não colou.
O acordo foi fechado em nome de Lula pelo ministro Alexandre Padilha, que, desautorizado pelo veto, ficou mal perante Lira e os parlamentares.
Lula vetou ainda o calendário obrigatório de liberação das emendas, a maior parte até o mês de julho, mas também já não se importa com a derrubada.