Considerada um tradicional termômetro para o início das campanhas eleitorais, a festa de 2 de julho em Salvador reuniu neste último sábado (2) pela primeira vez, os quatro principais pré-candidatos à Presidência deste ano na mesma cidade. Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) testaram a popularidade nas ruas, no dia em que é celebrada a Independência da Bahia.
Lula, Ciro e Simone participaram a pé do cortejo popular que todo o ano refaz o caminho da batalha de 2 de julho de 1823. O conflito resultou na expulsão definitiva do último ponto de resistência portuguesa que ainda existia e consolidou a Independência do Brasil, proclamada por D. Pedro I em 7 de setembro de 1822. Bolsonaro participou de uma motociata pela orla da cidade.
Lula caminhou por cerca de uma hora, levando a tiracolo o pré-candidato do PT ao governo do Estado, Jerônimo Rodrigues, que tenta se tornar conhecido. Nas redes sociais, o ex-presidente postou uma foto com o público duplicado e virou alvo de adversários. Segundo a assessoria de imprensa, houve uma falha, motivada pela composição de imagem panorâmica.
Bolsonaro não participou diretamente dos festejos do 2 de julho mas foi o que arrastou uma multidão. Antes de iniciar uma motociata, na qual levou o ex-ministro da Cidadania João Roma (PL), pré-candidato ao governo baiano, na garupa de sua moto, o presidente fez um breve discurso. Na frente do Farol da Barra – ponto turístico de Salvador -, Bolsonaro criticou os governadores da Região Nordeste.
“Lamento que os nove governadores do Nordeste tenham entrado na Justiça contra a redução de impostos na gasolina. Isso é inadmissível”, disse. O presidente afirmou que, se a Justiça não aceitar a ação dos chefes dos Executivos estaduais contra a lei que limita a cobrança do ICMS a um teto entre 17% e 18%, o Brasil terá “um dos combustíveis mais baratos do mundo”.
À tarde, Bolsonaro seguiu para o Rio, onde participou do Louvorzão 93 – evento evangélico de uma rádio. Segundo ele, “o Brasil enfrenta neste momento uma luta do bem contra o mal”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.