Ao participar na tarde desta quinta-feira (23) da abertura do CB Fórum sobre “Educação Profissional e o Primeiro Emprego” promovido pelo jornal Correio Braziliense em Brasília, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, abordou pontos cruciais do atual mercado de trabalho brasileiro, chamando a atenção para a crescente demanda por educação profissional. O ministro ressaltou a importância do debate sobre ‘’qual sociedade nós queremos e qual a qualidade de vida dessa sociedade pretendemos”, manifestando sua preocupação com a qualidade do mercado de trabalho e a geração de empregos para jovens no país.
“É preciso que se trabalhe com muita determinação as oportunidades de qualificação. A juventude está sofrendo muito. Que tipo de sociedade nós queremos? Queremos de fato ser um país desenvolvido ou um país de terceiro mundo”
O Fórum discute a importância da educação profissional para conquistar uma vaga no mercado de trabalho, aprofundando discussões sobre um cenário cada vez mais competitivo e dinâmico, que concentra suas atenções na conexão crucial entre a educação profissional e a entrada no mercado de trabalho. O evento contou com dois painéis “Por que investir em educação profissional?” e “Combatendo desigualdades e gerando oportunidades por meio da educação profissional”, abordando o atual mercado de trabalho e a demanda por educação profissional:
Segundo o ministro, com a introdução de novas tecnologias, as inovações e a inteligência artificial, há a possibilidade de fechamento, transferência ou transformação da qualidade e competência da qualificação de trabalho e que, portanto, “é preciso que, de fato, se trabalhe com muita determinação as oportunidades de qualificação, que tem haver também com a escolaridade’, frisou, destacando que isso permitirá com que os empresários possam gerar melhores oportunidades. “A juventude tem sofrido com a falta de qualificação no mercado de trabalho. Querem qualificação, mas querem algo de qualidade”, afirmou.
O Secretário de Qualificação e Fomento do Ministério do Trabalho e Emprego, Magno Lavigne, presente no painel “Por que investir em educação profissional”, destacou a criação do programa Manoel Querino, que será lançado pelo Ministério no dia 28 de novembro e vem abrir portas à formação profissional, sendo um começo de investimento na capacidade da rede dos trabalhos da juventude.
Voltado ao desenvolvimento de ações de qualificação social e profissional a jovens e trabalhadores, de forma a contribuir com a formação geral e o acesso e permanência no mundo do trabalho, o Programa tem como eixo a formação geral do trabalhador, de forma a contribuir com o acesso e a permanência no mundo do trabalho, por meio da capilarização da oferta de qualificação social e profissional na rede de atendimento ao trabalhador do Sistema Nacional de Emprego – Sine; da articulação da política de qualificação social e profissional com instituições públicas federais; do fomento às iniciativas da sociedade civil voltadas à solução de problemas e ao desenvolvimento de tecnologias sociais; da oferta de ações formativas em habilidades digitais transversais ao trabalho e ao acesso à cidadania; e indução estratégica da política de aprendizagem profissional.
O secretário chamou os participantes a refletir sobre a importância da qualidade do emprego e o projeto de trabalho de emprego que queremos para a nossa juventude, citando dados de maio de 2023, da subsecretaria de Estatísticas e Estudos do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego. Segundo os dados, são 5,2 milhões de jovens brasileiros de 14 a 24 anos que estão sem emprego. “Precisamos discutir o investimento em educação profissional e, principalmente, a relevância dessa educação para a conquista do primeiro emprego nessa faixa etária”, frisou.