Se quiser fazer avançar seu governo, Jair Bolsonaro terá de conviver em harmonia com um Rodrigo Maia ainda mais poderoso neste ano, avaliam líderes do Congresso. É o preço a ser pago pelo presidente por não ter montado uma base de apoio clássica e sólida no Legislativo. Após a divisão do PSL, a fidelidade total ao Planalto está hoje limitada a mais ou menos 30 parlamentares. Vão andar os pontos da agenda governista que coincidirem com a pauta econômica da Câmara, o que não estiver em consonância, só no varejo, diz um desses líderes.
Segundo o Estadão, a estratégia do varejo tem entraves. O maior deles é a Casa Civil, desgastada sob o comando de Onyx Lorenzoni. O outro é a fome cada vez maior dos parlamentares por emendas. Um apetite inversamente proporcional à capacidade do governo de colocar comida na mesa.
Entre os fiéis apoiadores de Jair Bolsonaro, não há pessimismo, informa o jornal. Eles estariam mapeando quem foram os parlamentares que mais votaram com o Planalto em 2019 para tentar uma aproximação.
Outra estratégia segundo a publicação será dar tratamento vip a relatores de projetos importantes para o governo e a presidentes de comissões especiais da Câmara e do Senado.