sábado 23 de novembro de 2024
Marçal e Nunes — Foto: Montagem/Jornal Valor
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quinta-feira 29 de agosto de 2024 às 16:45h

Lideranças de partidos que apoiam Nunes tentam conter debandada de bolsonaristas

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O anunciado movimento de debandada de bolsonaristas da campanha do prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) tenta ser contido pelas lideranças dos 12 partidos que integram a coligação governista, que apostam no início do horário eleitoral gratuito, a partir desta sexta-feira (30), para uma tentativa de normalização.

Diante do crescimento de Pablo Marçal (PRTB), em especial no eleitorado de direita almejado por Nunes, alguns candidatos a vereadores da coligação do prefeito já debandaram para o rival.

Segundo Lucas Ferraz, do jornal Valor, um dos episódios foi com a pivô da crise recente na campanha de Nunes, quando se conheceu a divulgação de um vídeo do prefeito pedindo apoio à ex-deputada federal Joice Hasselmann (Podemos), candidata a vereadora e adversária do clã Bolsonaro, que reagiu ao conteúdo. Foi por causa desse episódio que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou que Nunes “não era seu candidato dos sonhos” e elogiou Marçal.

Após as arestas serem finalmente aparadas, Hasselmann afirmou nesta semana que não apoia mais o prefeito e pediu voto no candidato do PRTB. Outro correligionário dela, Daniel José, que também disputa uma vaga na Câmara Municipal, tomou o mesmo caminho, o que gerou reação do Podemos.

O partido anunciou que não dará mais tempo na propaganda gratuita na TV e no rádio e não vai repassar recursos do fundo partidário para os desertores. A direção nacional do Podemos já repassou R$ 3 milhões à campanha de Ricardo Nunes.

“O partido não irá fornecer materiais sem o majoritário a esses candidatos. Também não vai conceder tempo de rádio e TV nem mais recursos àqueles que não seguirem o que foi votado e aprovado em convenção”, ressaltou a legenda em nota.

A ameaça de debandada na coligação continua, mas por ora foi contida pelo resultado da última pesquisa Quaest. A entrada mais incisiva do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) na campanha de Nunes, como se viu nos últimos dois dias, é um fator considerado positivo para tentar conter os dissidentes.

Mas chamou atenção o convite feito pelo próprio Bolsonaro para o ato em defesa de sua anistia em São Paulo no dia 7 de setembro, em que ele abre brecha para a presença de Marçal – Ricardo Nunes disse que queria ir. “Como um candidato a prefeito da capital queria aparecer, nós autorizamos. Assim como qualquer outro candidato a prefeito da capital está autorizado a subir no carro de som também”, disse.

“Ganhando ou perdendo, e o vejo como perdedor, Marçal vai infernizar o Bolsonaro”, afirmou o vereador Milton Leite (União Brasil), cujo partido, antes de oficializar o apoio a Nunes, chegou a flertar com o projeto Pablo Marçal.

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